Em 2023, o botão “Curtir” nas redes sociais completou uma década de existência. Essa pequena funcionalidade, aparentemente inofensiva, desempenhou um papel fundamental na forma como as interações online eram percebidas e valorizadas. No entanto, à medida que celebramos seu aniversário, estamos testemunhando uma revolução silenciosa nas redes sociais. Influenciadores de renome estão começando a ocultar os números de likes de suas postagens, lançando luz sobre o futuro da influência digital e o que está em jogo.
O “Like” como Métrica de Sucesso
Durante a última década, o botão “Curtir” se transformou em muito mais do que uma mera expressão de aprovação. Ele se tornou a moeda da era digital, uma métrica que determinava não apenas a popularidade de uma publicação, mas também o sucesso de um usuário nas redes sociais. Essa métrica instantaneamente prazerosa, porém superficial, criou uma cultura de busca incessante por likes e popularidade.
O sucesso no universo digital passou a ser medido em quantidades de likes e seguidores. Para aqueles que não conseguiam criar conteúdo viral, surgiram empresas vendendo likes, muitas vezes por meio de práticas questionáveis, como o uso de “fazendas de robôs” para inflar artificialmente a popularidade de uma conta.
Impacto nos Usuários e nas Marcas
Esse comércio de likes gerou desequilíbrio nas redes sociais. Empresas e marcas lutaram para distinguir entre o que era genuinamente popular e o que era artificialmente impulsionado. Para os usuários, a pressão para obter likes cresceu exponencialmente, criando um ambiente tóxico e promovendo o extremismo.
Além disso, as métricas de likes passaram a influenciar diretamente os algoritmos de distribuição de conteúdo. Quanto mais likes uma publicação tinha, mais ela era exibida, reforçando um ciclo vicioso que não era benéfico nem para as redes sociais nem para seus anunciantes.
O Sumiço dos Likes: Um Teste para o Futuro
A decisão de ocultar os números de likes nas postagens de influenciadores parece ser um teste para o futuro das redes sociais. As empresas estão agora explorando se é possível reverter a tendência de queda nas postagens e no número de usuários, tudo isso sem a presença das métricas tradicionais de likes.
No entanto, antes de chegarmos a uma resposta definitiva, é importante observar que as redes sociais já estão explorando outras métricas de sucesso de conteúdo. Comentários, compartilhamentos, engajamento, número de postagens por usuário e visualizações estão se tornando indicadores mais valiosos. O exemplo do TikTok, onde o número de visualizações é mais relevante do que os likes, ilustra essa transição.
A Internet “Pós-Like”: Qualidade Sobre Quantidade
O futuro da influência online parece se inclinar para um modelo mais focado em pequenas comunidades do que na busca incessante por likes. Este é quase o oposto da promessa inicial das redes sociais de conectar todo mundo o tempo todo. A nova meta é incentivar interações mais significativas em grupos menores, enfatizando a qualidade sobre a quantidade.
A decisão dos influenciadores de ocultar os likes de suas postagens marca uma virada significativa na história das redes sociais. Este movimento não só questiona o valor dos likes como métrica de sucesso, mas também abre caminho para uma era “pós-like”, onde as interações online serão mais autênticas e baseadas em comunidades mais íntimas.
Uma coisa é certa: a próxima década promete ser um período de transformação e redefinição das dinâmicas digitais, à medida que as redes sociais buscam um novo equilíbrio entre a qualidade e a quantidade de interações online.
E você, já está se preparando para essa nova fase das redes sociais?
