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mercado vegano

16/09/2020

Influenciadores digitais, Mercado

Você sabe o tamanho do mercado vegano no Brasil?

O vegetarianismo e veganismo são termos muito populares hoje em dia. Não é à toa que a revista The Economist declarou que 2019 foi o “ano do vegano”. Segundo a publicação, um relatório de 2018 indicou que a indústria alimentícia vegana cresceu 20% em relação ao ano anterior, com vendas chegando a US$ 3,3 bilhões no mundo.

Embora muitas pessoas ainda não tenham aderido 100% a esse estilo de vida (os chamados “flexitarianos”, que vamos explicar mais pra frente), muitos consumidores não toleram mais produtos testados em animais ou até mesmo com ingredientes animais. Isso fez com que a indústria mudasse drasticamente e abriu um novo mercado cheio de oportunidades.

Bom, mas afinal, o que é ser vegetariano ou vegano?

O veganismo, segundo definição da Vegan Society, é um modo de viver (ou poderíamos chamar apenas de “escolha”) que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra os animais – seja na alimentação, no vestuário ou em outras esferas do consumo.

No Brasil, em 2018 o IBOPE a pedido da Sociedade Vegetariana Brasileira fez um estudo e concluiu que 14% dos entrevistados se consideravam vegetarianos, ou seja, 30 milhões de pessoas. Desses 14% estima-se que haja entre 5 e 7 milhões de veganos. 

Os principais tipos de vegetarianismo são:

(a) Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação.

(b) Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na sua alimentação.

(c) Ovovegetarianismo: utiliza ovos na sua alimentação.

(d) Vegetarianismo estrito: não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação.

Veganismo no mundo

As previsões estimam que o mercado de alimentos veganos chegará a US$ 74,2 bilhões até 2027.

Dentre os diversos fatores que impulsionam o crescimento do mercado de produtos à base de plantas, os principais a serem considerados são:

  • O aumento da intolerância à proteína animal;
  • A crescente urbanização com novos anseios do consumidor;
  • O aumento do número de veganos, vegetariano e flexitarianos;

Plant-based não é vegetarianismo

As pessoas ainda têm muitas dúvidas a respeito das terminologias do mundo vegetariano e vegano. As pessoas que não tem muito conhecimento sobre o assunto, normalmente acham que esses indivíduos se alimentam apenas de vegetais e ligam isso a alimentação saudável, quando na verdade, ser vegetariano/vegano não tem nada a ver com ser saudável. É um estilo de vida. 

Já a filosofia plant-based é 100% voltada para os vegetais sim, e eles precisam ser naturais também. Quem segue essa dieta, quase nunca vai comer alimentos que passaram pela ação da indústria. Nessa cena, os vegetais são os protagonistas – e ingredientes como conservantes, corantes e outras coisas artificiais são deixados de fora.

Apesar de poder ser combinada com outras dietas (como a low carb, por exemplo), o objetivo da alimentação plant-based não é a perda de peso, mas sim a saúde do corpo e da consciência.

Flexitarianos, os vegetarianos flexíveis

O flexitarianismo é a fusão entre flexível e vegetarianismo, ou seja, é constituído de práticas vegetarianas flexíveis como a adoção do “Segunda sem Carne” ou decidir parar de comer só um tipo de carne – como a carne de peixe, por exemplo. 

Esse estilo de alimentação pode ser adotado por qualquer pessoa e pode servir como um estímulo para se adotar uma alimentação vegetariana definitiva ou como uma maneira de, aos poucos, ir se adaptando a uma dieta restrita de produtos de origem animal e ir tomando consciência de suas próprias práticas alimentares.

Marcas de cosméticos estão aderindo cada vez mais o veganismo

Os selos “Cruelty Free” e “Vegan” têm se tornado popular no mundo dos cosméticos. Esses selos garantem que os produtos não são testados e nem utilizam ingredientes animais. 

Um relatório da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International descobriu que “vegan” foi o terceiro atributo mais popular listado para marcas de cosméticos no ano passado. Foi superado apenas por “sem parabenos” e “natural”. 1,9% dos cosméticos alegaram ser veganos, enquanto “cruelty free” não ficou muito atrás, com 1,5%, colocando-o em quinto lugar.

Nas palavras de Nadine Steuer, cofundadora da marca de cosméticos vegana alemã Kupfergrün, “as próprias pessoas estão se tornando cada vez mais atentas e conscientes de seu consumo. Para muitas pessoas, os cosméticos veganos são a maneira de tornar sua vida cotidiana mais sustentável.”

Campanhas e influenciadores

A Unilever trouxe ao Brasil a “Love Beauty and Planet”, sua marca de beleza vegana, lançada nos Estados Unidos em 2017. 

A marca que vem fazendo sucesso no Brasil desde seu lançamento em 2019, utilizou como principal estratégia a comunicação focada no ambiente digital, por meio de influenciadoras de vários perfis, como Yasmin Brunet, Giovanna Nader e Alana Rox. 

E não é só no mundo de beleza que o vegetarianismo e veganismo entram não. Diversas marcas de alimentos, fast-food e restaurantes lançaram seu cardápio voltado para esse público, como foi o caso do Outback. A rede lançou três novos pratos em 2019 e usou influenciadores para divulgar a novidade. “Deu muito certo, os produtos geraram rápida identificação com os clientes”, diz a diretora da marca.

Os maiores influenciadores veganos

A estratégia com influenciadores é uma das mais usadas pelas marcas hoje em dia, principalmente em lançamentos, porque funciona como uma espécie de “boca a boca” mas focada no público que você gostaria de atingir. 

Como os influenciadores já tem uma relação muito próxima e de confiança com os seus seguidores, quando eles dão a dica, é muito mais fácil o público avançar para o estágio de consideração e interesse, ou até mesmo de converter em uma venda, diferente de quando a marca fala diretamente com o público.

Confira os maiores influenciadores veganos do Instagram:

@xuxamenegheloficial

Seguidores: 11.406.864

AirScore: 380

@luisamell

Seguidores: 3.550.420

AirScore: 783

@hanakhalilal

Seguidores: 2.414.403

AirScore: 935

@emiliano.davila

Seguidores: 351.608

AirScore: 424

@lucasbernardini

Seguidores: 269.187

A.irScore: 372

@alana_rox

Seguidores: 244.856

AirScore: 641

@teeonze

Seguidores: 226.363

A.irScore: 773

@malgadipaula.veg

Seguidores: 225.987

AirScore: 144

@vegannapratica

Seguidores: 163.206

A.irScore: 592

@aleluglio

Seguidores: 177.807

AirScore: 286

Youtubers

Já no YouTube, os canais mais populares são os que dão dicas de receitas veganas práticas e econômicas. Um exemplo é o canal “VegetariRango” do Flavio Giusti, que atualmente é o maior canal vegano do Brasil e já acumula mais de 400 mil inscritos.

Logo atrás, temos:

Larica Vegana, com 309 mil inscritos

Fabio Chaves, com 293 mil inscritos 

Luisa Moraleida, com 163 mil inscritos 

Tayná Mota – Vegana Bacana, com 141 mil inscritos 

Vegfix, com 59 mil inscritos

Conclusão

A curiosidade das pessoas por esse mundo vem aumentando muito devido a busca por uma vida mais saudável, com propósito e que tenha um impacto ambiental menor. 

Por isso, quando falamos dessa comunidade, nós também falamos de muitas pessoas que não aderiram 100% ao estilo de vida vegano mas se preocupam o suficiente a ponto de optar por consumir produtos e serviços que não impactem tanto o meio ambiente e os animais. Isso torna esse mercado um grande potencial e que ainda tem muito a ser explorado.

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